Dispositivos eletrônicos, tais como tablet e smartphone, tornam-se cada vez mais presentes na rotina das crianças
A vida moderna está cada vez mais tecnológica, e as crianças aprendem, mesmo antes de iniciarem sua vida escolar, a manusear os dispositivos de acesso à internet: computador, notebook, tablet e smartphone.
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o telefone celular está presente em 92% dos domicílios brasileiros. Portanto, os smartphones fazem parte do ambiente familiar, e acabam atraindo a atenção dos pimpolhos.
Qual a orientação dos especialistas?
A psicóloga Lívia Maria Ferreira da Silva Cabrini, 35 anos, diz que crianças de até dois anos de idade não devem ser expostas a telas, pois há risco de danos ao sono, visão e comportamento dos bebês. E quanto aos efeitos negativos ou positivos no desenvolvimento da criança, provocados pelo uso do celular, “as pesquisas ainda não são conclusivas”, complementa.
Entretanto, Lívia Maria ressalta que, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), estudos mostram que o uso imoderado, precoce e não supervisionado de dispositivos eletrônicos tem causado prejuízos de ordem cognitiva, psíquica e física. Os principais problemas observados foram:
· Deficiências visuais, auditivas e posturais;
· Distúrbios do sono;
· Alterações do humor
· Isolamento;
· Agressividade;
· Depressão;
· Redução da capacidade cognitiva e produtiva;
· Déficit de atenção;
· Problemas de linguagem;
· Transtornos ligados ao sedentarismo (como a obesidade);
· E outros.
“Acredito que o equilíbrio é sempre a melhor alternativa, aliado à supervisão do que é visto por nós, pais.”, observa Lívia Maria. Ainda segundo a psicóloga, a SBP sugere um tempo máximo de uso de telas: duas horas por dia para crianças a partir de seis anos e adolescentes.
O que dizem os pais?
É raro encontrar pais que não permitam que seus filhos manuseiem e aprendam a utilizar o celular. A empresária Verônica Pugliani dos Santos, 33 anos, e a técnica em óptica Lidiane Silva Souza de Curcio, 35 anos, que são mães de crianças pequenas, falam a respeito (assista ao vídeo).
Mas enfim, é ou não uma boa ideia deixar as crianças pequenas brincarem com o smartphone? O assunto é polêmico e controverso, pois há quem defenda o uso moderado, enquanto que outros veem essa questão com preocupação.
O smartphone — ou um tablet — é mesmo necessário para o desenvolvimento infantil? A psicóloga Lívia Maria diz que: “De forma alguma! Temos muitas outras opções mais saudáveis e seguras para o desenvolvimento de habilidades das crianças pequenas.”
E você, leitor(a)? Permite que seus filhos pequenos usem o celular? Por quê? Deixe seu comentário.
(Esta reportagem foi produzida em junho/2019 para um trabalho acadêmico)
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