Sinto-me encantado pela natureza sempre que tenho a oportunidade de admirar uma simples flor e contemplar a beleza de sua cor (ou cores). E na primavera o espetáculo é de encher os olhos. Basta transitar pela cidade e perceber, em diversos logradouros, uma infinidade de flores que desabrocham em múltiplas cores. Então fico boquiaberto, contemplando e pensando: como pode uma planta produzir algo tão belo aos nossos olhos? Que maravilha!
Os ipês são um espetáculo à parte
E fazendo parte desse espetáculo, destacam-se, de forma imponente e majestosa, os pés de ipês, que nos proporcionam admiráveis cenas: ver a copa de um ipê, toda florida, é tão bonito quanto o tapete colorido que se forma no chão, à medida que suas flores vão caindo. Pena que a florada dure pouquíssimos dias, e tais cenas não possam ser contempladas por mais tempo.
Mas assim como as emoções que sentimos na vida marcam mais pela sua intensidade do que pela sua durabilidade, o mesmo acontece com esse espetáculo: dura pouco, mas proporciona um intenso deleite. Não há quem não se sinta um pouco mais alegre e feliz, simplesmente pelo fato de se deparar com um pé de ipê todo florido.
Só tenho a agradecer a todas as pessoas que no passado tiveram a feliz iniciativa de plantar ipês nas nossas praças e jardins. E se somente com poucos ipês espalhados pela cidade já é bonito, imagine como ficaria se muitos outros fossem plantados. Seria lindo demais!
Imagine se mais pés de ipês fossem plantados
Por isso, fico a pensar que toda essa beleza poderia ser ampliada, plantando-se em todas as nossas praças tantos pés de ipê quanto possível. E, quem sabe, o plantio poderia até ser feito de maneira seletiva, ou seja: em determinada praça, somente ipês amarelos; em outra praça, somente ipês brancos; em um outro logradouro, somente ipês roxos ou rosas; ainda em outros locais, cores diversas e misturadas; e por aí vai.
E dessa maneira, em poucos anos, quando a primavera chegasse e as flores de todos os ipês desabrochassem quase que ao mesmo tempo, esses cenários urbanos se transformariam em paisagens dignas de cartão postal, tornando-se um atrativo turístico, com direito até a instituir — no calendário oficial de eventos da cidade — um tipo de celebração em comemoração à primavera; quem sabe uma “Festa do Ipê”.
Não sou especialista nesse assunto — arborização urbana. De qualquer forma, é uma ideia a se pensar...
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