Aos 14 anos de idade ganhei a minha primeira bicicleta (usada). Na verdade, foi-me emprestada por um tio meu, para que eu pudesse me deslocar diariamente, seja para o trabalho, seja para a escola.
E com aquela bicicleta fui certa vez ao Mercadão Municipal de nossa cidade, quando ele ainda estava em pleno funcionamento. Naquele local, as guias da sarjeta eram rebaixadas, e não dava para estacionar a bicicleta no meio-fio da calçada, apoiando o pedal na guia. Assim, encostei-a na parede (no lado externo) do Mercadão, tal qual faziam os demais ciclistas.
Ao sair do Mercadão, fui até a bicicleta, subi nela, dei a primeira pedalada de arranque e… paft! Levei um tombaço, com bicicleta e tudo.
Foi o tombo mais besta que já levei
Sabe o que me derrubou? Uma batata! Isso mesmo. Sempre havia alguma coisa caída no chão, na área externa do Mercadão: um tomate aqui, uma folha de alface ali, uma banana acolá etc. E naquela ocasião, à frente da roda traseira da minha bicicleta, havia uma batata caída no chão, a qual eu não havia percebido. Quando tentei arrancar com a bicicleta, a roda subiu sobre a batata, e esta deslizou-se para o lado, levando consigo a roda, e provocando a queda da bicicleta. Foi o tombo mais besta que já levei. Até porque, a bicicleta não estava em movimento; estava parada; simplesmente, na primeira pedalada de arranque, fui direto ao chão, como se tivesse levado uma rasteira.
Todo esse blá-blá-blá acima foi somente para você se descontrair um pouco. Vamos agora à parte séria desta crônica.
Creio que todo moleque já fez isso alguma vez na vida
Por acaso você já andou de bicicleta sem utilizar as mãos? Creio que todo moleque já fez isso alguma vez na vida. Você tira as mãos do guidão e vai pedalando e se equilibrando.
E por acaso você já viu um motociclista pilotando sem as mãos? Pois eu vi, dias atrás, no centro da cidade, um motociclista conduzindo sua moto com as mãos fora do guidão. Sabe por quê? Porque ele estava segurando o celular com ambas as mãos. E o curioso é que ele não estava apenas segurando o celular; ele estava digitando alguma mensagem nele, utilizando ambos os polegares, enquanto tentava equilibrar-se sobre a motocicleta em movimento.
Não seria mais prático e, principalmente, mais seguro se ele parasse a moto, enviasse a mensagem pelo celular, e depois prosseguisse com a devida atenção que o trânsito requer? Mas, o que mais vemos nos dias atuais são atos de desinteligência no trânsito.
No momento em que vi aquela cena, lembrei-me da batata e pensei: Ah!, se a roda dessa motocicleta encontrasse uma batata pelo caminho… Seria um tombaço!
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